Estudantes do Programa Mulheres Mil do IFB participam de roda de conversa com representantes do Brasil e do Canadá

Na manhã do dia 2 de julho de 2025, o Campus São Sebastião do Instituto Federal de Brasília (IFB) foi palco de um encontro emocionante e inspirador. A Roda de Conversa entre a Equipe da Setec/MEC e as estudantes do Programa Mulheres Mil reuniu cerca de 50 pessoas para um momento de partilha, escuta e reconhecimento da trajetória de mulheres que têm transformado suas vidas por meio da educação profissional e tecnológica.

Organizado pela Coordenação-Geral do Programa Mulheres Mil do IFB, com articulação da Assessoria Internacional da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (SETEC/MEC), o evento teve como convidada especial Marie-Josée Fortin, diretora de Parcerias Internacionais do Colleges and Institutes Canada (CICan) e uma das idealizadoras do Programa Mulheres Mil no Brasil. Participaram também Marguerite Laura Marque, coordenadora-geral de Cooperação Técnica e Parcerias com Países Desenvolvidos (CGTP) da SETEC/MEC, e Fernanda Dusse, assessora internacional da Setec/MEC, responsável pela condução da atividade.

A abertura do evento foi realizada pela professora Letícia Érica Ribeiro, coordenadora do Programa Mulheres Mil no campus, que recitou poemas de sua autoria sobre acolhimento, ancestralidade e pertencimento, em diálogo com as propostas do programa. A apresentação poética criou um ambiente afetivo que estimulou a escuta sensível e o compartilhamento de histórias de vida das participantes.

Na sequência, Marie-Josée Fortin apresentou a trajetória do Mulheres Mil, desde sua concepção na cooperação entre Brasil e Canadá até sua expansão e consolidação como uma política pública de inclusão educacional e social. A diretora destacou a metodologia Mape (Mobilização, Acesso, Permanência e Êxito), que fundamenta a estrutura do programa, e ressaltou como as experiências brasileiras inspiraram ações semelhantes em outros países.

“Ver como o programa floresceu no Brasil nos emociona. As histórias das estudantes brasileiras são sementes que já começaram a germinar em outros cantos do mundo”, afirmou Fortin.

Logo após, Marguerite Laura Marque reforçou o impacto transformador do programa na vida das participantes, valorizando o envolvimento das instituições e das comunidades no fortalecimento das ações do Mulheres Mil.

Com a condução de Fernanda Dusse, a roda de conversa foi aberta para as estudantes e demais presentes, que compartilharam seus percursos no programa e relataram como a formação recebida tem contribuído para mudanças concretas em suas vidas pessoais, familiares e profissionais.

“Só de estar aqui, de poder estudar, de ter um espaço onde sou ouvida, onde me chamam pelo nome… isso já muda tudo na minha vida”, afirmou Patrícia, uma das participantes. Já Lúcia, de 58 anos, contou que voltou a estudar por incentivo das netas: “Hoje elas dizem com orgulho que a avó estuda no IFB.”

A fala de Dandara expressou a transformação de sua postura diante do mundo: “Antes, eu era calada. Hoje, eu sei que minha voz tem força. E que o que tenho a dizer importa.” Simone, Tânia, Marilene e outras estudantes também emocionaram o público com seus relatos de superação, pertencimento e esperança.

Ao final da atividade, as estudantes brasileiras gravaram uma saudação em vídeo especialmente dedicada às mulheres que estão participando da implementação do Programa Mulheres Mil no Senegal, reafirmando o compromisso com a solidariedade e a cooperação internacional.

Como encaminhamento, a equipe internacional manifestou interesse em fortalecer a parceria entre Brasil e Canadá e em promover futuras conexões trianguladas com outros países, a partir da escuta e da troca vivida no encontro.

“Este encontro reafirma que o Programa Mulheres Mil é mais do que formação profissional: é transformação de vidas, de territórios e de futuros”, destacou a professora Letícia Érica Ribeiro.

Embora tenha sido uma ação pontual, o diálogo entre o IFB e os representantes da Setec/MEC e do CICan seguirá por meio de trocas de experiências e articulações institucionais. A roda de conversa reafirma a força das políticas públicas de inclusão educacional e o papel central das mulheres na construção de caminhos de autonomia, dignidade e pertencimento por meio da educação.